O Nintendo Switch foi lançado em Março de 2017, com o objetivo de oferecer uma alternativa inovadora aos gamers. Após o fracasso comercial do Wii U, a Nintendo precisou repensar toda a sua estratégia de marketing e divulgação. Ao contrário do precessor, o anúncio do novo console foi realizado de maneira direta e certeira: um vídeo de três minutos demonstrando o aspecto híbrido do aparelho.
Em seu primeiro ano, o Nintendo Switch recebeu dois títulos de peso: The Legend of Zelda Breath of The Wild e Super Mario Odyssey. Os blockbusters atingiram elevados números de vendas, apresentando lindos gráficos com incríveis direções de arte. Mesmo sem chegar no nível de realismo ofertado pelo Playstation 4 e Xboxone, sua capacidade visual foi mais do que suficiente para agradar os jogadores.
O sucesso comercial do console atraiu desenvolvedoras third-parties, trazendo títulos como The Elder Scrolls V Skyrim e Diablo 3. Mas o verdadeiro desafio veio com a chegada de games mais parrudos, ao exemplo de Doom, Wolfstein II New Colossus e até The Witcher 3: Wild Hunt. Para que esses games pudesse rodar no Switch, os desenvolvedores tiveram que sacrificar o FPS e também muito da resolução dos títulos.
É preciso destacar que games deslumbrantes seguiram sendo lançados para o console nintendista, sejam first ou third-parties: Xenoblade Chronicles 3, Mario+Rabbids Sparks of Hope, Bayonetta 3, Ori and the Will of the Wisps, Metroid Dread, Octopath Traveler, Monster Hunter Rise, Super Smash Bros Ultimate, Kirby and the Forgotten Land e Animal Crossing New Horizons. Todos extremamente competentes no campo visual e de performance.
Porém, a chegada dos consoles de oitava geração em 2020 foi capaz de dificultar ainda mais a existência de ports de jogos novos para o Switch. Playstation 5 e Xbox Series S|X oferecem gráficos em 4k com tecnologias avançadas como DLSS e Ray Tracing, incompatíveis com o aparelho nintendista. O resultado é a inexistência do port de novas edições de franquias gigantescas, a exemplo de Call of Duty, Assassin's Creed, Battlefield e Dead Space, por exemplo. Lançamentos futuros como Grand Theft Auto 6 e a expansão de Cyberpunk também não devem chegar a plataforma.
A pergunta não é se precisamos de um Nintendo Switch Pro; a pergunta é quando teremos informações sobre o seu sucessor. Um console com 5 anos de mercado de configuração defasada em termos de especificações técnicas inevitavelmente receberá uma atualização. Não acredito que devamos esperar algo no nível dos consoles atuais da Sony ou da Microsoft, mas acho seguro prever um aparelho próximo ao potencial do Playstation 4. A Nintendo já desistiu da guerra dos gráficos há muito tempo; logo, só veremos um console "pro" quando alguma inovação possa ser trazida junto a ele.
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